Sinopse: Aos vinte e oito anos Marcus
Goldman viu sua vida se transformar radicalmente. Seu primeiro livro tornou-se
um best-seller, ele virou uma celebridade e assinou um contrato milionário para
um novo romance. E então foi acometido pela doença dos escritores. A poucos
meses do prazo para a entrega do novo original, pressionado por seu editora e
por seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha. Na tentativa
de superar seu bloqueio criativo, Marcus decide passar uns dias com seu mentor,
Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados do país. É então que tudo
muda. O corpo de uma jovem de quinze anos - desaparecida sem deixar rastros em
1975 - é encontrado enterrado no jardim de Harry, junto com o original do
romance que o consagrou. Harry admite ter tido um caso com a garota e ter
escrito o livro para ela, mas alega inocência no caso do assassinato. Com
o intuito de ajudar Harry, Marcus começa uma investigação por contra própria.
Uma teia de segredos emerge, mas a verdade só virá à tona depois de uma longa e
complexa jornada. Um extraordinário livro de suspense, uma história de
amor e um thriller excepcional, A Verdade Sobre O Caso Harry Quebert escapa a
todas as tentativas de descrição. Nada do que você leu antes poderia prepará-lo
para este livro.
Editora: Intrínseca.
Páginas: 576
***
Quem matou Nola Kellergan?
"A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert" foi um livro
que comprei praticamente no escuro, sem nenhuma referência, apenas li a sinopse
e me interessei. Só pela capa, o livro já me chamou atenção. Ela
mostra aparentemente uma pequena cidade rodeada por uma floresta, uma espécie
de prenúncio do que encontraremos no livro.
O suíço Joel Dicker é o escritor do livro e com apenas 29 anos já tem uma fama considerável na Europa, Estados Unidos e, pelo visto, também aqui no Brasil. Apesar de ter quatro livros rejeitados pelas editoras e um quinto lançado, mas sem tanto sucesso, Dicker comprova a tese de que sucesso se conquista pelo esforço. Atualmente, ele é comparado ao americano Philip Roth (considerado o melhor escritor dos Estados Unidos na contemporaneidade) e a Georges Simenon, mestres do gênero suspense. Apesar das comparações, Dicker afirma que suas influências são Romain Gary, Marguerite Duras e Dostoiévski (muito bom gosto, o rapaz!). Enfim, ele tornou-se uma espécie de "novo queridinho" da literatura, apesar das fortes críticas que li a respeito do seu livro de sucesso.
Assim como conta a sinopse, Marcus Goldman é um jovem escritor americano que, logo no seu primeiro livro, consegue um sucesso estrondoso, antes mesmo de completar seus 30 anos de idade. Ocorre, porém, que a fama subiu à sua cabeça, e após muitos gastos e festas, em 2008 - ou seja, dois anos depois do lançamento do primeiro livro - ele se vê pressionado pela editora, na qual assinou contrato, a entregar as cópias de seu segundo livro. No entanto, ele tem um bloqueio criativo e busca socorro com seu ex professor e grande amigo, Harry Quebert. Harry é considerado um dos melhores escritores americanos e seu best-seller "As Origens do Mal" é um clássico da literatura do país. Ele vive numa pequena e tranquila cidade em New Hampshire, chamada Aurora, numa linda casa à beira mar em Goose Cove e é para lá que Goldman se refugia, a fim de encontrar inspiração, mas sem sucesso.
Algum tempo depois, já em Nova York, Marcus toma conhecimento de uma história que é o pontapé inicial da trama e que muda a vida de Marcus e Harry: no terreno da casa de Quebert é encontrado os restos mortais do corpo de uma jovem adolescente chamada Nola Kellergan, que havia desaparecido em 30 de agosto de 1975, e junto com ela também é encontrado os originais do livro de Harry Quebert, "As Origens do Mal". Quebert é preso e logo após todo o país toma conhecimento que ele teve um caso com essa adolescente e que seu livro foi inspirado na história de amor dos dois. Uma relação na época proibida, pois ela tinha apenas 15 anos e ele estava com 34 anos.
A partir daí, Marcus, crendo na inocência do amigo, começa a investigar sobre o que realmente ocorreu no verão de 1975, e percebe que a pequena cidade de Aurora não é tão pacata assim, pois guarda muitos segredos.
Dicker, durante a narração, ambienta três cenários que nos fazem entender o que realmente ocorreu: 1ª) A narrativa em primeira pessoa relatada por Marcus Goldman e que acaba por ser a narrativa principal; 2º) Uma narrativa em terceira pessoa, onde voltamos aos acontecimentos do ano de 1975; e 3º) O relato, em primeira pessoa, do período de 1998 a 2003, onde Marcus relata o início de sua amizade com Harry Quebert, sendo o primeiro aluno e o segundo professor na Universidade de Burrows. Harry é um grande amigo e uma espécie de pai para Marcus, pessoa que o ajudou e incentivou a escrever, e devido a essa grande amizade, Marcus se muda para Aurora e lá decide investigar a fundo o caso, com a ajuda do sargento Perry Gahalowood, mesmo recebendo ameaças de desconhecidos.
À medida que vamos nos aprofundando na leitura, vamos descobrindo fatos surpreendentes e quando achamos que o caso foi esclarecido, temos algumas reviravoltas no enredo que sequer imaginávamos. E, para mim, foram essas "mudanças" no enredo que fizeram com que esse livro fosse fantástico! A única coisa que não gostei do enredo foi o romance melodramático entre Nola e Harry. Nola é muito dramática e grudenta e não nega ter a idade que tinha na época, devido a isso.
"A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert " não figura entre os melhores livros que já li de suspense, no entanto o adorei porque, fora as reviravoltas da trama, o escritor nos apresenta temas pertinentes de uma sociedade que vive de excessos. Excessos de uma mídia, ávida por notícias bombásticas; excessos do mercado editorial e de seus bastidores, que entendem o livro como uma fonte de riqueza e não de conhecimento; e excessos da religião e de como ela pode ser destrutiva, se mal empregada.
Convém frisar, aliás, que por mais que não seja totalmente verdade, foi muito legal acompanhar no desenrolar da história os bastidores do processo de produção de um livro! Será que existem mesmo os "ghost-writers"? O.o'
O pano de fundo da história é a disputa presidencial dos Estados Unidos de 2008, e isso foi outro ponto legal, porque acompanhamos um pouquinho a opinião das pessoas sobre os candidatos, a disputa entre Barack Obama X John McCain e a vitória de Obama. Muito, muito legal!
Enfim, tenho uma opinião muito positiva do livro "A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert " e o motivo de ele fazer tanto sucesso, por si só já faz com que ele seja respeitado. Mas, para além disso, foi um livro que me conquistou e eu recomendo muitíssimo a sua leitura!
E você, o que achou do livro?
Beijos e boa leitura! ;*
Algum tempo depois, já em Nova York, Marcus toma conhecimento de uma história que é o pontapé inicial da trama e que muda a vida de Marcus e Harry: no terreno da casa de Quebert é encontrado os restos mortais do corpo de uma jovem adolescente chamada Nola Kellergan, que havia desaparecido em 30 de agosto de 1975, e junto com ela também é encontrado os originais do livro de Harry Quebert, "As Origens do Mal". Quebert é preso e logo após todo o país toma conhecimento que ele teve um caso com essa adolescente e que seu livro foi inspirado na história de amor dos dois. Uma relação na época proibida, pois ela tinha apenas 15 anos e ele estava com 34 anos.
A partir daí, Marcus, crendo na inocência do amigo, começa a investigar sobre o que realmente ocorreu no verão de 1975, e percebe que a pequena cidade de Aurora não é tão pacata assim, pois guarda muitos segredos.
Dicker, durante a narração, ambienta três cenários que nos fazem entender o que realmente ocorreu: 1ª) A narrativa em primeira pessoa relatada por Marcus Goldman e que acaba por ser a narrativa principal; 2º) Uma narrativa em terceira pessoa, onde voltamos aos acontecimentos do ano de 1975; e 3º) O relato, em primeira pessoa, do período de 1998 a 2003, onde Marcus relata o início de sua amizade com Harry Quebert, sendo o primeiro aluno e o segundo professor na Universidade de Burrows. Harry é um grande amigo e uma espécie de pai para Marcus, pessoa que o ajudou e incentivou a escrever, e devido a essa grande amizade, Marcus se muda para Aurora e lá decide investigar a fundo o caso, com a ajuda do sargento Perry Gahalowood, mesmo recebendo ameaças de desconhecidos.
À medida que vamos nos aprofundando na leitura, vamos descobrindo fatos surpreendentes e quando achamos que o caso foi esclarecido, temos algumas reviravoltas no enredo que sequer imaginávamos. E, para mim, foram essas "mudanças" no enredo que fizeram com que esse livro fosse fantástico! A única coisa que não gostei do enredo foi o romance melodramático entre Nola e Harry. Nola é muito dramática e grudenta e não nega ter a idade que tinha na época, devido a isso.
"A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert " não figura entre os melhores livros que já li de suspense, no entanto o adorei porque, fora as reviravoltas da trama, o escritor nos apresenta temas pertinentes de uma sociedade que vive de excessos. Excessos de uma mídia, ávida por notícias bombásticas; excessos do mercado editorial e de seus bastidores, que entendem o livro como uma fonte de riqueza e não de conhecimento; e excessos da religião e de como ela pode ser destrutiva, se mal empregada.
Convém frisar, aliás, que por mais que não seja totalmente verdade, foi muito legal acompanhar no desenrolar da história os bastidores do processo de produção de um livro! Será que existem mesmo os "ghost-writers"? O.o'
O pano de fundo da história é a disputa presidencial dos Estados Unidos de 2008, e isso foi outro ponto legal, porque acompanhamos um pouquinho a opinião das pessoas sobre os candidatos, a disputa entre Barack Obama X John McCain e a vitória de Obama. Muito, muito legal!
Enfim, tenho uma opinião muito positiva do livro "A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert " e o motivo de ele fazer tanto sucesso, por si só já faz com que ele seja respeitado. Mas, para além disso, foi um livro que me conquistou e eu recomendo muitíssimo a sua leitura!
Nota: 5/5
E você, o que achou do livro?
Beijos e boa leitura! ;*
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