10/08/2014

"Não Se Apega, Não", de Isabela Freitas

Sinopse: Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase “você deve encontrar a metade da sua laranja”. Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos. Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar um namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal PER-FEI-TO! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos. Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, das tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado.
Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico.

Finalmente um livro de uma escritora brasileira caiu em minhas mãos! Fazia um tempo que não lia um livro produzido por nossas mãos e mentes e, sinceramente, já estava me fazendo falta. E tem diferença, Thalita? Afinal, o que mais importa não é o enredo do livro? Pois é, claro que quando vamos ler um livro o mais importante é o conteúdo, não a nacionalidade de quem o escreveu... Mas, nós, brasileiros(as), temos uma forma peculiar e muito criativa de ver o mundo e isso é algo que sempre me encantou em nossa produção nacional, seja nos clássicos até os atuais.

O último livro nacional que li foi do Augusto Cury, "Ansiedade: Como enfrentar o mal do século", em janeiro desse ano e também foi um livro com perfil de auto ajuda. Sendo muito sincera, não me agradam muito livros de auto-ajuda. Ou talvez seja melhor dizer: não me agradavam. Sei lá, é que aos poucos tenho perdido esse preconceito com esse ramo e lido mais livros com esse perfil, por mais que eu ache que quando a pessoa quer mudar, basta apenas a força de vontade.

E "Não Se Apega, Não", de Isabela Freitas, é um livro de auto ajuda? Sim, claro. No entanto, Isabela foge daquela narração tradicional e chata que muitos livros de auto ajuda carregam consigo e compartilha um pouco sua experiência de vida (ou não!) de uma forma muito simples e jovial. Gente, eu DEVOREI esse livro! Só não o li mais rápido, porque a minha rotina não me permite, mas se eu tivesse um dia todo livre, certamente a minha leitura não ultrapassaria esse dia. E eu sempre friso o tempo que demorei para ler o livro, porque se a história for envolvente, a leitura acaba sendo rápida, caso contrário, a gente se arrasta no tempo para terminar um livro.

Pois bem, apesar de ter apenas 23 anos, a escritora narra o livro com uma maturidade pós 30. Claro, existe tanta coisa lá que não precisava ser dita, já deveria vir no nosso manual de sobrevivência. E creio que algumas pessoas até sabem, mas colocá-las em prática já é outra história... Tenho a impressão de que, mesmo sabendo de todas essas regrinhas do desapego, parece que as coisas funcionam para nós apenas quando alguém de fora sopra em nosso ouvido... Portanto, para você que é assim, esse livro acaba se tornando água no deserto. Exagero? Será?

Acho que grande parte da humanidade ocidental (digo uns 98%) é assim mesmo, apegada a alguma coisa ou a alguém. E esse apego parece que ser o motivo da nossa existência, a razão do nosso ser. Afinal, quem nunca queria morrer depois do fim de um relacionamento? Ou quem nunca se apegou ao seu companheiro/companheira, achando que era o amor da sua vida ou a sua "cara metade"? Aliás, quem nunca sofreu por amor, correspondido ou não? E ainda, quem nunca carregou nas costas um relacionamento falido e auto-destrutivo? Se você respondeu positivamente ao menos a uma dessas perguntas, favor, leia o livro da Isabela. Ele é quase um manual de sobrevivência nesse mundo-apegado-ao-extremo.

O livro começa mostrando as 20 regras do desapego. Após, segue a narrativa da vida de uma jovem que terminou um relacionamento falido e de aparências e agora que ser feliz consigo e com os outros. Se a história narrada são fatos da vida da Isabela, eu não sei, mas creio que as personagens são fictícias (Pedro é o melhor amigo dos sonhos de qualquer mulher... Hahaha! Mas, na boa, será que é real? Ou será que ele é apenas a nossa consciência?).

Como tenho me aprofundado no estudo do budismo, sinceramente o conteúdo do livro não é muita novidade pra mim. Mas, dentre tantas lições, ele nos apresenta uma muito importante: você não precisar de um companheiro/companheira para alcançar a felicidade, pois ela está dentro de você.

Além disso, o livro é lindo e muito bem elaborado. Comprei o e-book, mas estou querendo muito o livro para mim, de tão fofo que ele é. <3 (não, eu não sou tão consumista assim, mas é porque o livro é muito fofo mesmo!)

 Nota: 5/5

Bom, pessoas lindas, não é à toa que Isabela é uma das escritoras brasileira da "moda" e seu livro está fazendo tanto sucesso. Vale muito a pena ler, recomendo para todo mundo, em todas as faixas etárias! ;-)

Beijinhos! ;**

"Eu Te Quero", de Irene Cao

Das trilogias eróticas que já li até o momento, essa foi uma das mais lindas. O cenário italiano ajudou muito (adoro a Itália!), mas a história em si me agradou e o último livro é lindo.


Sinopse: Elena perdeu tudo. Os dois homens mais importantes de sua vida. A alegria do trabalho bem-feito. O carinho e a segurança com Filippo e a paixão e o sexo arrebatador vividos com Leonardo. Seus dias são uma descida ao inferno. Nada parece ter sentido, nem mesmo o mundo da arte ao qual se dedicava tanto. Toda noite vai a boates, bebe demais e acaba saindo com um homem diferente, mas nunca encontra o prazer que sentia com Leonardo – seu corpo não reage e o desespero a domina. Em Eu Te Quero, a vida de Elena mudará de forma inesperada. Em uma manhã, o destino fará com que acorde ao lado de Leonardo sem entender o que está acontecendo. Entre o sonho e a realidade, ela terá de decidir mais uma vez que caminho seguir e se um futuro junto a seu amado ainda é possível. O que significa o convite tão especial do homem que não conseguiu esquecer? Ela decide se arriscar em um tudo ou nada. Mas o passado é um demônio que Leonardo não conseguiu vencer... e o último perigo pode ser fatal.No volume final da trilogia italiana, continuação de Eu Te Vejo e Eu Te Sinto, Leonardo e Elena precisam vencer as lembranças do passado para viver um grande amor.



"Eu Te Quero" é o último livro da trilogia erótica da escritora italiana Irene Cao. E, na minha opinião, foi o menos erótico de todos (vocês também tiveram essa impressão ou foi só eu mesmo?). Como já disse na resenha dos livros anteriores (Resenha de "Eu Te Vejo" aqui e "Eu Te Sinto" aqui) , eu sou da opinião de que esse livro descreve o amadurecimento pessoal da nossa protagonista, Elena Volpe. E no terceiro volume, mais do que nos outros, isso fica bem evidente.

Elena começa o livro arrasada. Não é para menos, pois além de acabar a relação com Filipo, que prometia dar a ela estabilidade e muito amor, ela também não tem mais Leonardo. Dessa forma, ela se entrega a uma vida sem sentido, com uma vida noturna agitada, muitas relações sexuais com parceiros desconhecidos e muita bebida alcoólica, tudo com o intuito de preencher o vazio deixado por Leonardo, ou melhor, com o intuito de esquecer esse vazio. Além disso, sua vida profissional vai de mal a pior.

Em contrapartida, sua melhor amiga, Gaia, está vivendo um conto de fadas, completamente apaixonada e prestes a se casar com seu noivo. Um completo contraste com Elena, que está completamente destruída, o que acaba prejudicando a amizade das duas. Mas, será que essa amizade é verdadeiramente forte a ponto de superar esses aborrecimentos?

No entanto, em meio ao caos, o destino resolveu mais uma vez sorrir para Elena. Sabe aquele ditado que diz que depois da tempestade vem a bonança? Pois é, ele cabe perfeitamente à nossa protagonista... Devido à uma pequena-grande tragédia, Elena se reencontra com Leonardo. E esse reencontro é o início de uma transformação para os dois.

Elena amadureceu, transformou-se e tornou-se uma mulher. E Leonardo se entregou ao amor, deixou de se considerar auto-suficiente, bem como orgulhoso.

O enredo deste último livro é lindo e o cenário mais ainda. Erotismo, simplicidade, sofisticação e uma história muito linda é o que aguarda o leitor na última parte da trilogia de Irene. Adorei muito a trilogia. Primeiro porque adoro a Itália e acho que toda a descrição do cenário favoreceu muito a sofisticação do enredo. Segundo, porque adentrar no mundo gastronômico e afrodisíaco de Leonardo Ferrante foi uma delícia! E terceiro, porque o erotismo é picante e sensual sem ser vulgar e apelativo.

Me identifiquei em muitos pontos com Elena. Em outros, juro que fiquei com muita raiva dela pelas decisões que ela tomava. Também, estava na torcida por Filipo, mas desde o início dessa trama sabia que essa relação não daria certo. Aliás, neste terceiro livro Filipo está apagado na trama, assim como na vida de Elena. Mas, venhamos e convenhamos, né garotas, Filipo é o sonho de muitas mulheres! No entanto, ele se encaixava muito mais com aquela Elena (ou Bibi) inocente, que não conhecia o seu potencial como mulher. A Elena madura, não combinava nem um pouco com Filipo, mas sim com Leonardo.


Nota: 5/5

Adorei essa trilogia e juro que quero ler outros livros da Irene Cao! <3

E vocês, o que acharam?
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