Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente,
as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as
consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar
aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e
perdão, identidade e lealdade, política e amor.
Editora: Rocco
***
(Atenção! Contém spoiler de "Divergente".)
"Insurgente" é o segundo livro da trilogia distópica criada por Veronica Roth. Ele continua a saga da heroína e personagem principal Beatrice Prior ou Tris, na Chicago futurista.
O primeiro livro termina com Tris desligando a simulação de ataque forjada pela Erudição e fugindo para a sede da Amizade, junto com Quatro (Tobias), Caleb, Marcus e Peter. O intervalo entre o primeiro e segundo livro é muito pequeno, quase uma continuação direta.
Logo no começo do enredo, Tris toma conhecimento que a Abnegação possuía uma informação confidencial e que Jeanine Matthews os atacou porque queria roubá-la. Não obstante, a sede da Amizade acaba se tornando um refúgio temporário para os "fugitivos", pois a facção mantém uma postura neutra sobre os conflitos que ocorrem ao seu redor.
Dessa maneira, o cenário das facções, assim que iniciamos o livro, é o seguinte: a Abnegação se encontra praticamente destruída; a Audácia está dividida entre os que apoiam a Erudição e os que são contra; a Erudição está sob o controle de Jeanine Matthews; a Franqueza apóia aqueles que são contra a Erudição; e a Amizade mantém uma postura de neutralidade. O primeiro livro, "Divergente", foca muito no modo de vida e costumes da Abnegação e da Audácia, porém, aqui, a escritora deu um enfoque maior às outras facções (Amizade, Franqueza e Erudição) o que achei muito legal.
Surgem aqui os sem-facções de uma forma mais protagonista no enredo (lembram-se que na resenha de "Divergente" falei que sentia falta deles tendo um papel mais atuante?) e, como eles, algumas revelações sobre a história de Quatro (Tobias). Percebemos, então, e ao contrário do que imaginávamos, que os sem-facções não são apenas um amontoado de gente que vive à margem das facções, mas sim uma sociedade organizada apenas esperando a oportunidade de "aparecer".
Além disso, temos a oportunidade de conhecer um pouco melhor a personagem Jeanine Mathews e ela se tornou uma das melhores personagens na trama para mim. Sou da opinião de que os vilões dão sabor às histórias e aqui ela teve o papel de fazer com que a história não caísse no marasmo. Conhecemos também outros líderes das outras facções, como Johanna Reyes (líder da Amizade) e Jack Kang (líder da Franqueza).
A morte de Will (no final do primeiro livro) acaba se tornando um fardo muito grande para Tris e sou da opinião que houve um certo exagero da escritora nesse ponto. Tudo bem, ele era um dos melhores amigos de Tris, porém ela não o matou por querer, mas sim devido às circunstâncias adversas (ou ela ou ele morria), então, achei muito desnecessário o drama meloso criado nesse segundo livro pela morte dele. A morte dos pais de Tris a todo momento é lembrada por ela também, no sentido dela não tornar suas mortes em vão. Porém, acho que isso se tornou uma obsessão da personagem, o que a impedia de ver a história com outros olhos.
Uma outra observação do livro é a relação de Tris com Peter. Passei a ter uma empatia maior com ele nesse livro e talvez ele se torne uma surpresa no último.
Aliás, assim como "Divergente", "Insurgente" é contada em primeira pessoa, através da perspectiva de Tris (Beatrice). O que fez com que o livro não fosse tão bom, na minha opinião. Primeiro por não achar ela uma personagem interessante. Claro, ela tem defeitos como todo ser humano e tem características de heroína, mas ela não chegou a me encantar. Segundo, porque tem momentos em que ela perde o foco do que é realmente importante devido a suas crises, ou seja, ela percebe coisas que ocorrem ao seu redor, mas não se aprofunda muito, e daí eu me senti meio "perdida" porque só temos a perspectiva dela. É meio estranho falar, porque já li muitos livros em que só temos a perspectiva de uma pessoa, mas aqui senti que faltaram alguns detalhes para que a história se tornasse melhor, para que houvesse uma concatenação dos fatos. (Será que só eu achei isso? O.o')
Uma outra observação do livro é a relação de Tris com Peter. Passei a ter uma empatia maior com ele nesse livro e talvez ele se torne uma surpresa no último.
"O mal depende do ponto de vista de quem o vê" (Caleb Prior) |
Aliás, assim como "Divergente", "Insurgente" é contada em primeira pessoa, através da perspectiva de Tris (Beatrice). O que fez com que o livro não fosse tão bom, na minha opinião. Primeiro por não achar ela uma personagem interessante. Claro, ela tem defeitos como todo ser humano e tem características de heroína, mas ela não chegou a me encantar. Segundo, porque tem momentos em que ela perde o foco do que é realmente importante devido a suas crises, ou seja, ela percebe coisas que ocorrem ao seu redor, mas não se aprofunda muito, e daí eu me senti meio "perdida" porque só temos a perspectiva dela. É meio estranho falar, porque já li muitos livros em que só temos a perspectiva de uma pessoa, mas aqui senti que faltaram alguns detalhes para que a história se tornasse melhor, para que houvesse uma concatenação dos fatos. (Será que só eu achei isso? O.o')
"Insurgente", como um todo é bem chato e só nas últimas 150 páginas é que ele começa a melhorar., onde aparece mais ação e nos sentimos realmente empolgados com os fatos. Há momentos também, principalmente nessas últimas páginas, em que não sabemos em quem acreditar e isso deixou o enredo bem emocionante. No final, confesso que fiquei um pouco surpresa e fiquei logo ansiosa para ser o terceiro e último livro da trilogia.
E vocês, leram? O que acharam?
Os outros livros da trilogia: