Terminei ontem de ler "O Rei do Inverno", o primeiro livro da trilogia das Crônicas do Rei Artur, escrita por Bernard Cornwell. Quando terminar de ler os três livros, farei uma análise dos mesmos aqui no blog, mas antes vou tecer três comentários a respeito d'O Rei do Inverno:
1) Impressionante a semelhança desse primeiro livro da trilogia com As Crônicas de Gelo e Fogo, de George Martin. O que dá para perceber que, de certa forma, Martin bebeu um pouco na fonte do Bernard Cornwell, ou não, pois os primeiros livros das duas Crônicas são contemporâneos: "O Rei do Inverno" foi publicado em 1995 e "Guerra dos Tronos", em 1996. De qualquer forma, todas as duas crônicas são excelentes e, de certa forma, semelhantes entre si!
2) O livro é contado a partir da perspectiva de Derfel (leia-se: Dervel), que foi um soldado de Artur. Portanto, toda a história é contada sob o ponto de vista desse narrador e, como nem sempre ele está ao lado de Artur, este nem sempre está em evidência no enredo. Aliás, para a ansiedade do leitor, o Artur demora um pouco para aparecer realmente na história, o que aguça ainda mais a nossa curiosidade. Então, para mim, houveram pontos em que a história ficou meio tediosa, porque eu queria muito saber onde Artur estava, o que ele estava fazendo, etc, e nem sempre tínhamos essa informação. Por outro lado, eu não acho que a escolha do narrador tenha sido errada, muito pelo contrário.
3) E é aqui é que chegamos no terceiro ponto. É evidente nessa história um quanto um narrador é importante para construir ou desconstruir a imagem de uma personagem no livro. Verificamos isso no caso de Artur e Lancelot. Como Artur é muito querido pelo narrador, temos uma imagem muito positiva dele (mesmo quando ele faz uma grande burrada no meio da história). Já Lancelot...
Em breve, espero começar o segundo livro da trilogia, "O Inimigo de Deus".
P.S.: O personagem que mais adorei foi Merlin! Gente, ele é sensacional!
Um beijo e até mais! ;*